Projetos culturais incentivam adolescentes moradores do bairro - Foto: UNAS Heliópolis
Em uma área de um
milhão de metros quadrados, na gigante favela da Zona Sul da cidade
de São Paulo, moradores ativistas fazem a diferença ao criar novas
oportunidades de acesso à cultura, esportes e educação.
Fruto de um movimento
combativo, a UNAS, União de Núcleos e Associações, nasceu da
necessidade em enfrentar os riscos de desapropriação da região na
década de 70; o plano para o bairro era a construção de um
shopping center, porém, as famílias que habitavam-no na época não
tinham para onde ir.
Moradores buscavam
usufruir de direitos básicos, desde arte à educação. Militantes
como o Reginaldo Gonçalvez, atualmente coordenador da Rádio
Heliópolis e diretor de organização do Projeto Jovens
Alconscientes, fala sobre a necessidade de ações culturais e
educativas para os jovens da região, e frisa, ainda: “em qualquer
lugar você pode aprender e ensinar, não é só na escola, a escola
é um espaço educacional, mas os projetos sociais que a gente tem
aqui também são espaços educacionais, então todos os atores
sociais têm um papel fundamental nesse desenvolvimento da comunidade
e se a gente quer mudar o mundo tem que começar pela nossa casa”.
Através dessa luta,
vários moradores de Heliópolis foram desviados de caminhos
negativos, desde Deise, que possuía o nível fundamental de ensino e
hoje em dia é pedagoga, o André, que era um jovem tímido e através
dos projetos descobriu seu sonho em se tornar jornalista e Danilo,
que atualmente possui uma marca de RAP e atua na UNAS.
Jairo Araudi, sociólogo
e gerente de projetos e relações institucionais da UNAS, conta
sobre os resultados alcançados, reconhece a necessidade de mais
evolução, porém se mostra satisfeito e diz: “acho que poder hoje
pensar na questão do bairro educador, e pensar nisso como um próximo
resultado já é consequência de resultados positivos”.
Em conversa com o Bruno
e a Ninive, antigos alunos e atuais educadores na UNAS, experiências
de vida são reveladas, além da necessidade de dar mais visibilidade
ao projeto, para ambos, o coletivo precisa atrair mais jovens e se
fazer mais presente na comunidade.
0 comentários:
Postar um comentário